Ministério da Saúde anunciou, na última semana, investimento de R$ 160 milhões para o Programa de Pesquisa para o SUS (PPSUS). Com o incentivo, estados serão beneficiados e não vão precisar contribuir com contrapartidas financeiras. O valor representa o maior investimento já feito no Programa nos últimos 20 anos e foi anunciado para a 8ª edição do PPSUS, que será realizado em 2024. O Programa incentiva o desenvolvimento de pesquisas científicas em saúde, com foco nas necessidades e prioridades SUS, para que problemas de saúde locais sejam resolvidos e as desigualdades regionais reduzidas.
A nova edição pretende contemplar todas as Unidades Federativas e motiva o intercâmbio de informações entre as UFs e outros países. Propõe-se, ainda, criar e reforçar núcleos de evidências científicas nos estados, com foco em novos eixos estratégicos nacionais, dentre os quais estão a pesquisa em rede e o enfrentamento à desinformação científica.
Durante o evento, o secretário de Ciência e Tecnologia, Inovação e Complexo da Saúde, Carlos Gadelha, destacou a importância de um trabalho conjunto com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), com as Fundações de Amparo à Pesquisa (FAPs) e com as Secretarias Estaduais de Saúde para a execução e aprimoramento do PPSUS e reconheceu que a Pasta não quer ser protagonista, mas sim parceiro nessa estratégia. Gadelha também lembrou que, na próxima edição, deve-se trabalhar para que “(…) toda pesquisa dê origem a uma discussão de política pública”, ressaltando a relevância da ciência como bem social.
Segundo a Diretora do Departamento de Ciência e Tecnologia, Ana Maria Caetano de Faria, a 8ª edição do PPSUS vem para fortalecer a ciência, a tecnologia e a inovação em todo o território nacional, com a ampliação do orçamento e a disseminação do conhecimento científico em saúde. “É preciso criar maneiras de comunicar à sociedade a importância da ciência e tecnologia na resolução de problemas de saúde. Esse é um objetivo que deve ser incorporado ao PPSUS da melhor forma possível. ”, frisou.
Para a implementação na nova edição, o Ministério da Saúde dará início, ainda em 2023, ao processo de pactuação dos recursos com os estados. Em seguida, serão organizadas e realizadas Oficinas de Prioridades de Pesquisa, um trabalho mais intenso executado junto às secretarias de saúde estaduais. É nesta etapa que são indicados e elencados os principais problemas de saúde enfrentados em cada localidade para que, em seguida, a comunidade científica seja convidada a transformar essas questões em pesquisas científicas. As perguntas de pesquisa são, então, validadas, para compor os editais das Chamadas Públicas a serem lançadas em 2024.
Fonte: Ministério da Saúde