modernização da economia brasileira terá fortes avanços em 2022, quebrando paradigmas de governos anteriores, quando a agenda econômica era paralisada em anos eleitorais. A mensagem foi dada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, nesta quarta-feira (23/2), ao lado do presidente da República, Jair Bolsonaro, durante o evento CEO Conference Brasil 2022, promovido pelo banco BTG Pactual.
Segundo ele, o programa de concessões e privatizações seguirá a pleno fôlego em 2022, assim como a proposição e encaminhamento de reformas estruturais. Guedes destacou que, para este ano, conta com avanços nos processos de capitalização da Eletrobras, de privatização dos Correios, assim como de concessão dos aeroportos de Congonhas (SP), Santos Dumont e Galeão, no Rio de Janeiro, e dos portos de Santos (SP) e Vitória, entre outros pontos. O debate foi conduzido pelo CEO da Arkos Advice Pesquisas, Murillo Aragão.
“O Brasil tem, hoje, a maior fronteira de investimentos que jamais apresentou”, destacou o ministro, em referência à carteira conduzida pelo Programa de Parcerias de Investimentos (PPI). Estudo divulgado pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia estima que os investimentos do PPI somarão R$ 78 bilhões somente em 2022, equivalente a cerca de 1% do Produto Interno Bruto (PIB). Considerando contratações já feitas entre 2019 e 2022, passa de R$ 1,3 trilhão ao longo de 30 anos.
Guedes destacou que o Brasil já superou os desafios impostos pela Covid-19 na área do trabalho, ao criar 11 milhões de postos formais e informais após a fase mais aguda da pandemia. Atualmente, o nível de desemprego já está melhor que no período pré-pandemia, reforçou. O ministro disse que o governo está se preparando para reapresentar ao Congresso o programa de aceleração na geração de empregos por meio do mecanismo do Bônus de Inclusão Produtiva (BIP) e do Bônus de Incentivo à Qualificação (BIQ), com capacidade de gerar dois milhões de postos, especialmente para os jovens. “Há regimes que prometem muitos direitos e geram poucos empregos, como é normalmente o sistema obsoleto trabalhista brasileiro. Nosso desafio é remover e acabar com encargos trabalhistas”, defendeu o ministro da Economia.
Agenda
A agenda de reformas não parou em nenhum momento do atual governo, ressaltou Guedes. Ele lembrou da importância da aprovação do projeto de autonomia do Banco Central (Lei Complementar nº 179/2021), que fortaleceu a capacidade de o Brasil enfrentar a atual alta de preços, fenômeno em escala mundial no pós-pandemia. O ministro destacou o “destemor político, a transparência e o compromisso” do presidente Jair Bolsonaro ao encaminhar o projeto de independência do BC.
Diante da agenda de reformas e de cuidado do governo com as contas públicas, Guedes reiterou a certeza de que o país segue o caminho do crescimento sustentado. Refutou projeções pessimistas sobre o comportamento da economia. “Erraram na queda, erraram na recuperação e vão errar de novo na previsão deste ano, que o Brasil não vai crescer”, afirmou o ministro no CEO Conference Brasil 2022.
Guedes lembrou, ainda, a importância do Brasil no cenário mundial, não apenas como grande agente econômico, mas também na condição de player líder na modernização digital e de preservação do meio ambiente. “O Brasil é a maior potência verde no mundo; a quarta maior potência digital. Nos âmbitos verde e digital, o Brasil está assumindo o protagonismo”, destacou. Lembrou da revolução digital promovida pelo governo, com destaque para o atendimento de 68 milhões de brasileiros mais desassistidos durante a pandemia por soluções virtuais (para o recebimento do Auxílio Emergencial). Também citou os avanços da plataforma GOV.BR, que simplificou o acesso dos cidadãos aos serviços públicos (e já conta com 120 milhões de usuários e 3,6 mil serviços digitalizados).
Fonte: ministério da economia