Participantes da segunda oficina de trabalho consolidam estrutura do documento que será publicado em meados de 2020.
Os esforços para a elaboração da Carta Brasileira para Cidades Inteligentes tiveram prosseguimento com a realização da segunda oficina do projeto coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR). A iniciativa foi criada com intuito de apoiar cidades do País na implementação de soluções inteligentes que melhorem o ambiente urbano e a qualidade de vida da população. Cerca de 100 participantes de várias partes do Brasil se reuniram na Escola Nacional de Administração Pública (Enap), em Brasília.
Com novos participantes e a coorganização do encontro pelo Laboratório de Inovação em Governo (GNova) da Enap, a oficina coordenada pela Secretaria Nacional de Desenvolvimento Regional e Urbano (SRDU) avançou nas discussões sobre o tema e consolidou a estrutura do documento que será publicado em meados de 2020. A iniciativa conta também com a parceria estreita do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).
Responsável pela condução dos trabalhos, a coordenadora-geral de Apoio à Gestão Regional e Urbana, Ana Paula Bruno, destaca o fortalecimento da rede após a primeira oficina realizada em agosto.
“De lá para cá começamos a receber mais pedidos de adesão e o processo despertou engajamento de muitos novos atores. Antes tínhamos uma rede de cerca de 150 pessoas, e hoje já contamos com quase 500 colaboradores que nos ajudam em diversas áreas trabalhando remotamente”, explicou.
A condução dos trabalhos se deu a partir da metodologia do Metadesign, ferramenta de construção colaborativa que apoia pessoas de diversas áreas a trabalharem em conjunto para formulação de novas ideias e conhecimento. Os colaboradores desenvolveram suas atividades sobre temas distribuídos em sete grupos de trabalho.
As temáticas discutidas foram disparidades regionais, urbanas e digitais; governança para cidades inteligentes; comunicação estratégica; infraestrutura e segurança cibernética; transformação da economia urbana; regulação e legislação; e impactos sistêmicos da digitalização.
Ao final do processo, a Carta Brasileira para Cidades Inteligentes dará subsídios ao país para que a transformação digital promova desenvolvimento urbano sustentável, direitos humanos, garantia da privacidade pessoal e de dados, transparência do poder público, cidadania e segurança.
PROJETO ANDUS
A elaboração da Carta é apoiada pelo Projeto Apoio à Agenda Nacional de Desenvolvimento Urbano Sustentável (Andus), um acordo de cooperação técnica entre os governos do Brasil e da Alemanha, que objetiva a troca de experiências sobre desenvolvimento urbano, considerando o tripé econômico-social-ambiental da sustentabilidade.
O Andus apoia governos, instituições e entidades nas esferas federal, estadual e municipal nos seus processos de formulação e implementação de estratégias de planejamento e gestão urbana sustentável.
“A troca de experiências é importante e é um dos objetivos da parceria entre os dois países. A Alemanha já tem um conhecimento construído neste tema e estamos dispostos a colaborar para a construção da Carta Brasileira para Cidades Inteligentes”, afirmou o encarregado de negócios da Embaixada da Alemanha no Brasil, Mark Bogdan.