Assistência farmacêutica garante mais R$ 114 milhões para compra de medicamentos no SUS

O Governo Federal será responsável pelo repasse de pelo menos R$ 100 milhões a mais por ano para a compra de medicamentos em todo o país. Novos valores irão favorecer principalmente os municípios mais vulneráveis.

Municípios com menores índices de desenvolvimento humano terão maior volume de recursos para compra de medicamentos e insumos ofertados na Atenção Primária do SUS. Com esse ajuste no valor, haverá um incremento de aproximadamente R$ 92 milhões por ano do Governo Federal. Estados e municípios terão que repassar R$ 11,2 milhões a mais, cada, em função da atualização da população. Com isso, os municípios terão R$ 114 milhões a mais por ano.

A mudança publicada em dezembro de 2019 foi idealizada pelo Ministério da Saúde e tem foco nos Estados, Municípios e Distrito Federal. O valor do repasse, por meio do Componente Básico da Assistência Farmacêutica (CBAF), da parte que compete à União, foi repensado e definido de acordo com o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM). Agora, o recurso passa a variar entre R$ 5,85 e R$ 6,05 per capita/ano, o que vai depender do grupo de desenvolvimento humano a que o município faz parte.

A nova proposta se baseia também na atualização de dados da população realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2019 e torna o acesso aos medicamentos mais consistente, já que, analisa a fundo as diferentes realidades e necessidades municipais do país.

De acordo com o secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Denizar Vianna, a ampliação do critério de financiamento irá promover igualdade, considerando a existência de diferentes realidades e necessidades municipais. “É necessário olhar os desiguais de forma justa para que enseje a equidade no financiamento da Assistência Farmacêutica. Assim, garantiremos a dispensação de medicamentos e insumos à população brasileira”, afirmou.

O financiamento do CBAF é de responsabilidade tripartite, ou seja, deve haver contribuição de recursos provenientes da União, estados e municípios . Antes, o valor per capita/ano repassado pela União, correspondendo a R$ 5,58, era único para todos os municípios, independentemente das diferentes condições socioeconômicas.

Como funcionam os novos critérios?

A partir de agora, o financiamento analisa a atualização da população com base na estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2019 e a alocação igualitária e justa do recurso da União seguindo as faixas do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM). Com essa atualização, os municípios que teriam diminuição de custeio devido à redução na variação populacional não serão prejudicados, pois nesses casos será mantida a referência populacional utilizada anteriormente.

Em relação ao Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), seu cálculo considera “vida longa e saudável”, “acesso ao conhecimento” e “padrão de vida”. Essas três dimensões incluem aspectos do meio ambiente, legislação, economia, cultura, política, educação, comunidade e saúde. A partir da definição desse índice, os 5.570 municípios são enquadrados em cinco faixas de desenvolvimento humano: muito baixo (32 municípios), baixo (1.367 municípios), médio (2.235 municípios), alto (1.892 municípios) e muito alto (44 municípios). E o valor per capita/ano do repasse de recursos da União é diferenciado para cada grupo, variando de R$ 5,85 a R$ 6,05.

Para mais informações, acesso o site do Ministério da Saúde

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