Ampliação do projeto Boas Práticas beneficia mais de 800 UPAs e postos de atendimento em todo o Brasil

Com o objetivo de qualificar o atendimento em hospitais, Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24h) e Pronto Atendimento (PA) em cuidados cardiovasculares, o Hcor, em parceria com o Ministério da Saúde, irá ampliar o Projeto Boas Práticas. A iniciativa é realizada no âmbito do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS) e conta com o aporte de R$ 39 milhões para o triênio 2021-2023. 

A ampliação do projeto beneficiará mais de 800 UPAs e PAs para a oferta no SUS de tele-eletrocardiografia, teleconsultoria cardiológica em arritmias e infarto, desenvolvimento profissional e implementação de diretrizes assistenciais em Síndrome Coronariana Aguda (SCA).  

Atualmente, as doenças cardiovasculares (DCV) são a maior causa de morbidade e mortalidade no Brasil e no mundo, com cerca de 24% dos óbitos devido ao Infarto Agudo do Miocárdio (IAM). Estima-se que a subutilização de recursos efetivos, afete 30% a 40% dos pacientes e que 20% ou mais dos cuidados prestados são desnecessários e potencialmente prejudiciais. Além disso, evidências científicas recentes mostram uma variabilidade significativa nos indicadores de qualidade assistencial entre as instituições de saúde. 

Neste cenário, a possibilidade de utilizar instrumentos que permitam uma atuação mais eficaz na prevenção, diagnóstico, tratamento e acompanhamento das DCV abre perspectivas muito relevantes. “Como um hospital especializado em Cardiologia, é muito gratificante poder compartilhar as melhores práticas e ajudar a salvar tantas vidas”, afirma o superintendente Corporativo-CEO do Hcor, Fernando Torelly. 

Para Claretice Fabiane Gonçalves Souza, coordenadora Assistencial da UPA Petrolândia, no município de Contagem (MG), o Projeto Boas Práticas na unidade tem sido muito eficaz ao possibilitar o diagnóstico precoce do Infarto Agudo do Miocárdio através do eletrocardiograma laudado. “Percebemos que o paciente tem um atendimento de maior qualidade, devido à agilidade e precisão do resultado, possibilitando um tratamento mais adequado e em tempo hábil”, disse. 

Parceria de longa data 

A parceria entre o Hcor e o Ministério da Saúde, via Proadi-SUS, começou em 2009 com o projeto de Eletrocardiografia (Tele-ECG), que disponibilizou pontos de ECG em Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24h) e Serviços de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) a nível nacional. Já foram realizados mais de dois milhões de exames. Em 2019, o projeto agregou a oferta de teleconsultoria cardiológica via telefone, já sendo contabilizadas mais de cinco mil procedimentos. 

No triênio de 2021 a 2023, a teleconsultoria ajudou a emitir mais de 750 mil laudos e registrou uma redução de 58% na taxa de mortalidade em unidades que participam da implementação de melhorias. Outros números importantes são os referentes à adesão às terapias medicamentosas, que teve um aumento de 31%, e o tempo entre a entrada do paciente na UPA e a realização do eletrocardiograma, que reduziu 59% desde o início do ciclo de melhorias. 

Desde 2022, o projeto conta com a colaboração da Beneficência Portuguesa de São Paulo, que atua no assessoramento de 150 do total de UPAs envolvidas no projeto deste triênio. Além disso, a nova parceria trouxe melhorias significativas, como a oferta de notebooks a todas as UPAS participantes para que as teleconsultorias cardiológicas possam ocorrer por vídeo, não somente por chamada, com o objetivo de garantir maior qualidade na comunicação. 

Sobre o Proadi-SUS

O Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS) foi criado em 2009 para apoiar e aprimorar o SUS por meio de projetos de capacitação de recursos humanos, pesquisa, avaliação e incorporação de tecnologias, gestão e assistência especializada. 

Hoje, o programa reúne seis hospitais sem fins lucrativos que são referência em qualidade médico-assistencial e gestão: Beneficência Portuguesa de São Paulo, Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Hcor, Hospital Israelita Albert Einstein, Hospital Moinhos de Vento e Hospital Sírio-Libanês. 

Fonte: Ministério da Saúde

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